30 de novembro de 2013

Curiosidade - Como Funcionam as Drogas "Discovery"

Achei esse vídeo bem interessante, pois mostra o funcionamento das drogas: maconha, cocaína, metanfetamina e heroína no organismo. Fica a dica!


22 de fevereiro de 2013

É preciso superar o mito de que o usuário de drogas é perigoso, irrecuperável ou um monstro

Clicando no link abaixo você encontra mais uma opinião acerca da temática das drogas. Boa leitura!



É preciso superar o mito de que o usuário de drogas é perigoso, irrecuperável ou um monstro

Câmara acelera tramitação de política antidrogas | Congresso em Foco

Clique no link e saiba mais sobre o assunto... (Parte 3)


Câmara acelera tramitação de política antidrogas | Congresso em Foco

Proposta da Câmara para política antidrogas gera críticas | Congresso em Foco

Mais uma dica de leitura sobre o assunto em pauta: alterações na política antidrogas. (Parte 2)


Proposta da Câmara para política antidrogas gera críticas | Congresso em Foco

Câmara quer tornar política antidrogas mais rígida | Congresso em Foco

Bom dia!

Socializando!!! (Parte 1).

Ultimamente temos ouvido muito se falar em internação compulsória,não é mesmo?! Mas, você sabe o que é isso? Se não sabe está na hora de buscar informações para poder se posicionar a respeito desse assunto tão polêmico. 
Nossa intenção neste espaço  é abordar o tema a partir de artigos, opiniões, matérias jornalísticas etc., para que possamos a partir de então formar a nossa opinião sobre o assunto.

A seguir, dica de leitura para você se informar e entender melhor a questão das Drogas e Dependência Química no Brasil na conjuntura atual. Basta clicar no link abaixo.
 

Câmara quer tornar política antidrogas mais rígida | Congresso em Foco

30 de janeiro de 2013

Assistindo ao vivo no Encontro Nacional com novos prefeitos e prefeitas uma mesa/debate muito interessante sobre o Tema: Crack, é possível vencer. 

Assista através do link:






25 de janeiro de 2013

Compartilhando... mais uma dica de leitura.

Higienismo no combate ao crack: Diretora do Cratod discorda de internação forçada e é demitida


A diretora geral do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), Marta Jezierski, foi demitida na última sexta-feira (18) por discordar da nova política de incentivo às internações forçadas de usuários de crack adotada pelo governo estadual.
O Cratod é o principal centro de tratamento de dependentes químicos em São Paulo e pilar de toda a política pública de combate ao uso de drogas. Por isso foi escolhido para sediar o plantão judiciário inaugurado segunda-feira para agilizar casos de internação forçada de dependentes de crack, batizado Operação Centro Legal – Fase 2.
A Marta Jezierski, responsável desde 2010 por coordenar todo atendimento a dependentes químicos no Cratod, se posicionou contra a nova política adotada pelo governo estadual e foi demitida pelo coordenador do serviço de Saúde da secretaria de Saúde do Estado, Sebatião André de Felice.
Marta é considerada uma das maiores especialistas do país em tratamento de dependentes químicos e trabalha desde 1987 na área. Segundo ela, o governo do estado tentava há mais de dois anos implantar a política priorizar as internações forçadas mas esbarrava na recusa por parte dos médicos especialistas.
“Propusemos outras alternativas como a implantação de um consultório de rua na Cracolândia, a instalação de um telão onde as pessoas poderiam ‘doar’ mensagens de apoio aos usuários, ampliar o horário de atendimento do Cratod. Mas para isso o Estado precisaria investir em recursos humanos e contratar mais médicos. Me opus à atual política e fui demitida”, disse Marta.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado confirmou a saída da coordenadora do Cratod mas não informou os motivos.

Dica de leitura!

Prevenção e Tratamento da Dependência Química
Claudio Paris

Quais razões levam um jovem a usar drogas? Como ajudá-lo a se livrar delas? O que se entende por drogas e dependência? Essas e outras questões são complexas e demandam uma análise um pouco mais aprofundada do fenômeno da drogadição.

Maconha, heroína, LSD, cocaína, crack, entre outras, chamadas popularmente de drogas, são substâncias psicoativas (SPAs) que têm convivido de alguma forma com o homem na maioria dos grupos sociais. Algumas têm origem natural, outras são feitas em laboratório, mas todas trazem inúmeras consequências para o sistema nervoso central. Tais efeitos modificam o estado geral da mente e do corpo e a conduta de quem as utiliza.

O usuário é chamado de drogadicto, já que este fenômeno é tratado hoje como uma patologia ou doença grave. A chamada drogadição é algo antigo, amplamente relatado na literatura médica, que se tornou um problema de saúde pública em meados da segunda metade do século 20, em especial nos centros urbanos. A percepção generalizada atual é de que tem crescido significativamente o consumo de substâncias psicoativas, sendo usadas por faixas etárias cada vez mais jovens.

Uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que os principais motivos para alguém experimentar essas substâncias psicoativas são: satisfazer a curiosidade a respeito dos efeitos das drogas; sentir necessidade de participar de um grupo social; ter vontade de expressar sua independência; buscar experiências agradáveis, novas e emocionantes; melhorar a “criatividade”; favorecer uma sensação de relaxamento e fugir de sensações e/ou vivências desagradáveis.

No mesmo estudo, a OMS elencou os cinco principais fatores de risco para o consumo de SPAs: não ter informações adequadas sobre os efeitos das drogas, ter saúde deficiente, estar insatisfeito com a qualidade de vida, ter personalidade deficientemente integrada e encontrar facilidade de acesso às drogas.

As drogas podem provocar um fascínio e atração quando apoiadas no contexto social e cultural contemporâneo, que incorpora elementos da chamada pós-modernidade. De acordo com o sociólogo contemporâneo Zygmunt Bauman, diferentemente da sociedade moderna anterior, que ele chama de “modernidade sólida”, tudo agora está sendo permanentemente desmontado e sem perspectiva de permanência no chamado “mundo líquido”. Tudo acaba sendo temporário, o que explica a metáfora da “liquidez” para caracterizar o estado da sociedade moderna.

Como os líquidos, essa sociedade é incapaz de manter a forma, o que pode ser traduzido por suas instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções, modificando tudo antes que se tenha tempo de solidificar costumes, hábitos e verdades “autoevidentes”.

Dessa forma, Bauman aponta que os jovens da atual geração, em especial, não podem mais contar com a natureza permanente do mundo lá fora nem com a durabilidade das instituições, que tinham antes toda a probabilidade de sobreviver aos indivíduos.

Contidos nessa “liquidez”, o fenômeno da drogadição e a disseminação do consumo de substâncias psicoativas espelham o modo como muitos jovens se relacionam hoje. Ele reforça valores baseados em consumismo e busca do prazer imediatista, associados à pauperização de importante parcela da população mundial.

Quando alguém se torna dependente, a “liquidez” de seu mundo é ainda mais aguda. A dependência pode ser entendida como o impulso que a impele a usar uma droga a fim de saciar seu desejo e lhe conferir prazer. O chamado drogadicto - ou dependente - caracteriza-se por ser incapaz de controlar seu desejo de consumir drogas, tendo um comportamento impulsivo e repetitivo, muito alterado em relação ao seu padrão habitual.

A dependência também é marcada pela síndrome de abstinência, cujos sintomas estão associados à ansiedade, mal-estar e desconforto incontrolável, além de tremor nas mãos, náuseas, vômitos e até um quadro de abstinência agudo denominado delirium tremens, com risco de morte, em alguns casos.

Já há inúmeros medicamentos que podem minimizar tais efeitos. Porém, a cura para a drogadição é extremamente difícil, o tratamento é demorado e muito custoso emocionalmente para o dependente, sua família e círculo social.
O tratamento da dependência não pode estar restrito às medicações. Há nesse aspecto uma observação, muito disseminada, sobre o êxito na recuperação estar ligado a uma reorganização psicossocial do indivíduo.

Psicólogos e terapeutas apresentam um grande arsenal de estratégias que colaboram nesse processo, deixando claro que um problema de tal complexidade exige uma abordagem terapêutica aliada a iniciativas que afastem o dependente das drogas. A arte, a prática esportiva e outras atividades prazerosas são capazes de ocupar o tempo utilizado anteriormente com as drogas, dentro de um contexto saudável, construtivo e estimulante.

Para isso, é fundamental o papel do tripé "escola, comunidade e família", atuando conjuntamente em harmonia. Isso favorece o processo de recuperação das vítimas da dependência. O desafio dos pais e educadores é promover um amálgama de saberes tradicionais (“legado”) com novos saberes (“futuro”) por meio de práticas que atinjam os jovens nos sentidos, levando-os a desenvolver uma percepção de que há vida, alegria e saúde longe das drogas.

Incorporando o pensamento do sociólogo Bauman, deve-se criar uma nova matriz “líquida”, capaz de promover uma cultura de tolerância, solidariedade, respeito mútuo, cidadania, autonomia e protagonismo social. Vivemos na fluidez, em períodos desafiadores, tempo de incertezas e novos desafios, mas fortalecidos pela certeza de que a luta contra as drogas é dever de cada um de nós.

Claudio Paris é licenciado em Ciências e Biologia e pós-graduado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP). É professor, músico e gestor da Nova Geração, comunidade terapêutica que assiste jovens vítimas de exclusão social e drogadição.

Fonte da Imagem: Corbis.
 

11 de janeiro de 2013

Socializando...

Drogas e religião

Um pouco mais de espiritualidade cultivada nas famílias, sobretudo em crianças e jovens, e não teríamos tanta vulnerabilidade à sedução das drogas
11/01/2013



Frei Betto

Participei em São Paulo, em dezembro último, do simpósio sobre crack promovido pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas).
Historicamente, o uso de alucinógenos e outros aditivos químicos teve início em rituais religiosos, como ainda hoje ocorre com a ayahuasca, utilizada pelos adeptos do Santo Daime.
Na descrição que o evangelista Mateus faz do nascimento de Jesus consta que os reis magos (astrólogos?) levaram de presente ao Messias ouro, símbolo da realeza; incenso, símbolo da espiritualidade; e mirra, símbolo do profetismo.
O incenso, utilizado inicialmente no antigo Egito e extraído do tronco de árvores aromáticas, é uma “droga” que reduz a ansiedade e o apetite. Ao contrário do que muitos pensam, não é originário da Índia, e sim das montanhas do sul da Arábia Saudita e da Somália e Etiópia.
A mirra, originária da África tropical, é uma resina obtida dos arbustos do gênero Commiphora. Seus efeitos analgésicos se comparam aos da morfina. No Evangelho de Marcos, aparece, mesclada ao vinho, oferecida a Jesus torturado antes de o crucificarem; ele rejeitou a bebida.
Hoje, as substâncias químicas obtidas de plantas superaram o âmbito religioso e terapêutico e se tornaram iscas à dependência química com suas nefastas consequências, como é o caso da coca, cuja folha é mascada pelos indígenas andinos para facilitar a respiração em regiões de oxigenação rarefeita.
Há ainda a produção de drogas sintéticas e o “doctor shopping”, o médico que produz poderosos analgésicos capazes de provocar a morte de seus pacientes, como foram os casos de Michael Jackson e Whitney Houston.
A repressão ao narcotráfico não mostra resultados satisfatórios. As famílias dos dependentes, desesperadas, buscam internações e terapias “miraculosas”.
Ora, médicos, remédios e terapias podem, sim, ajudar na recuperação de dependentes. O fundamental, porém, é o amor da família e dos amigos – o que não é nada fácil nessa sociedade consumista, individualista, na qual o “drogado” representa uma ameaça e um estorvo.
A religião, adotada em algumas comunidades terapêuticas, pode favorecer a recuperação, desde que infunda no dependente um novo sentido para a sua vida. Eis, aliás, o que evitou que a minha geração, aquela que tinha 20 anos na década de 1960, entrasse de cabeça nas drogas: éramos viciados em utopia. Nossa “viagem” era derrubar a ditadura e mudar o mundo.
Na questão das drogas há que distinguir segurança pública de saúde pública. Sou favorável à descriminalização dos usuários e penalização dos traficantes. Os usuários só deveriam ser afastados do convívio social quando forem uma ameaça à sociedade. Nesse caso, precisariam ser encaminhados a tratamento, e não a encarceramento.
A religião nos mergulha no universo onírico, pois nos faz emergir da realidade objetiva e nos introduz na esfera do transcendente, imprimindo sacralidade à nossa existência. Mais do que um catálogo de crenças, ela nos permite experimentar Deus, daí sua etimologia, nos re-liga com Aquele que nos criou e nos ama, e no qual haveremos de desembocar ao atingir o limite desta vida.
Ocorre que, graças ao neoliberalismo e seu nefasto “fim da história” - uma grave ofensa à esperança -, e às novas tecnologias eletrônicas, às quais transferimos o universo onírico, já quase não temos utopias libertárias nem o idealismo altruísta de um mundo melhor. Queremos melhorar a nossa vida, a de nossa família, não a do país e da humanidade.
Esse buraco no peito abre, nos jovens, o apetite às drogas. Todo “drogado” é um místico em potencial, alguém que descobriu o que deveria ser óbvio a todos: a felicidade está dentro e não fora da gente. O equívoco é buscá-la pela porta do absurdo e não a do Absoluto.
Um pouco mais de espiritualidade cultivada nas famílias, sobretudo em crianças e jovens, e não teríamos tanta vulnerabilidade à sedução das drogas.
Enfim, incenso faz bem à alma.

Frei Betto é escritor, autor de “O vencedor” (Ática), romance sobre drogas, entre outros livros.

10 de janeiro de 2013

Prevenir é preciso!!!



Artigo: DROGAS: a importância dos programas de prevenção no ambiente de trabalho. Revista Contadores em Ação. Ano IV – Nº 04. Set/2012. Campina Grande, PB.

Prevenir sempre!


Artigo: DROGAS = ATENÇÃO: Não temos como acabar. Mas, é preciso ficar atento e aprender a conviver com esse fenômeno. Revista Hoje. Ano II – Nº 02. Jan/2010. Campina Grande, PB.

28 de fevereiro de 2012

DADOS PREOCUPANTES: deputado diz que PB é campeã em consumo de drogas e defende instalação de 1º centro de tratamento no Estado



Em 28/02/2012

O deputado estadual e pré-candidato à Prefeitura Municipal de Cabedelo, Trocolli Júnior (PSD), sugeriu que as bancadas estadual e federal da Paraíba se unam, para que possam trazer o primeiro centro de dependentes químicos para o nosso Estado.

"A  Paraína é campeã em consumo de drogas e mortes de jovens. A presidenta da República, Dilma Russef, vai investir dois bilhões em centros de tratamento para dependentes químicos. Nada mais justo que o primeiro seja na Paraíba”, comentou Trocolli.

Para ilustrar seu discurso, o parlamentar disse que se reuniu, na semana passada, com 12 rapazes na comunidade do Recanto do Poço, município de Cabedelo. Lá, Trocolli ouviu dos jovens que seis amigos deles teriam sido assassinados, nos últimos três meses, vítimas de consumo e tráfico de drogas.

“Os índices de violência em Cabedelo são alarmantes. O município precisa de mais investimentos nas áreas de esporte e educação em tempo integral e, sobretudo, no combate ao crack. Só quem tem problema com drogas dentro de casa, sabe o que eu estou dizendo”, destacou.

Fernando Patriota

Curso de Prevenção às Drogas (2010)

Adenize e Valquiria - Facilitadoras do Curso: Prevenção às drogas eu apoio!





Turma 2010
Momento de mística
Oração
Turma de agentes de pastorais
Último dia do curso - Entrega dos certificados
Último dia do curso - Entrega dos certificados

Em novembro de 2010, realizamos na comunidade do Tambor em Campina Grande, um curso de Prevenção às Drogas. Nosso público era composto por agentes de pastorais que atuam na comunidade do Tambor. Foram 03 dias de grande alegria, pois acreditamos muito na força da informação e creio que a gente está no caminho certo. Vamos continuar o nosso trabalho de formiguinha. Um abraço a todos e todas que participaram desta edição do curso em 2010.
Adenize de Oliveira

28 de abril de 2011

Os mortos das drogas

 
Lí hoje no Jornal da Paraíba a coluna de Marcos Tavares e quis compartilhar com vocês o que ele escreveu... acho que precisamos ler, pensar, refletir sobre as coisas e, principalmente, se inquietar para, quem sabe, sair do estado de preguiça e acomodação física, intelectual etc. etc. e tal...

OS MORTOS DAS DROGAS

Marcos Tavares

Está se criando uma espécie de pacto silencioso entre a sociedade e a polícia para encarar as mortes provocadas pelas drogas como algo que está fora do alcance e da responsabilidade da Lei. Vemos e ouvimos frequentemente delegados e repórteres policiais afirmando que esse ou aquele morto pela violência era um usuário de droga. Isso parece ser uma senha para que o caso seja encerrado e deixe de interessar às autoridades, mesmo aquelas que tem como trabalho e dever elucidar crimes de morte, sejam eles de qualquer tipo.
Convencionou-se que usa drogas tem de terminar numa vila da periferia crivado de balas e então se abriu para o tráfico a porta da violência. Eles sabem que podem matar, pois não serão perturbados por investigações rigorosas que acabem por levar aos autores dessas inúmeras chacinas que vemos todos os dias. O fato de um cidadão ser usuário de drogas não faz dele um cidadão menor perante a Lei nem o Estado e, em caso de violência praticada contra ele, deve-se acionar os mesmos mecanismos que são acionados em crimes cercados de outras circunstâncias.
Ao abrir mão da investigação e do inquérito se dá aos traficantes o direito de julgar e matar quem eles achem que está incomodando sua atividade e isso é muito perigoso, especialmente quando setores da mídia começam a incentivar esse comportamento e incitar o assassinato de quem está fora da lei. A rigor não temos pena de morte nem mesmo ordenada pelo Estado e assim não podemos admitir que grupos à margem da sociedade criem suas próprias normas.
Assassinato é crime, seja ele por conta de droga, ciúme, dinheiro ou outra qualquer causa. Deixar os assassinatos praticados pelos traficantes impunes é ser conivente com esse tipo de comportamento, o que fere a lei, abala a cidadania e fere qualquer princípio de decência.
Fonte: http://jornaldaparaiba.globo.com/coluna.php?id=9657

9 de abril de 2011




Palestra sobre Dependência Química 
e Reabilitação.

Na tarde do dia 06 de março foi realizado na cidade de Campina Grande (PB) o 1º Encontro Católico sobre Dependência Química e Reabilitação promovido pelo XIV Crescer. O evento contou com a participação da palestrante Valquíria Lira Oliveira  e representantes da Fazenda do Sol. Cerca de 50 pessoas participaram da Sala modulada e debateram livremente o tema da Dependência Química e Reabilitação.
Foi um momento significativo para os campinenses que puderam participar do envento, pois  quase não há oportunidade de espaços como este no cenário municipal e  a problemática do uso de drogas cada vez mais cedo por crianças e adolescentes tem crescido largamente.  Este momento foi importante também para chamar a atenção do poder público, sociedade civil e famílias presentes para a cooperação no sentido de pensar estratégias menos doloridas para as vítimas desse fenômeno social.


Adenize de Oliveira

15 de março de 2011

TABAGISMO...

DEU NO JORNAL DA PARAÍBA - 15/03/2011

 Morte por câncer de pulmão cresce 42,62%

Por: joão thiago

Nos últimos cinco anos, o número de mortes por câncer de pulmão na Paraíba cresceu 42,62% saltando de 183, em 2006 para 261 no ano passado. Estes dados foram informados pelo Núcleo de Doenças e Agravos Não Contagiosos da Secretaria Estadual de Saúde. No Brasil, esta doença atinge cerca de 14 em cada 100 mil habitantes e o índice de letalidade é de quase 100%.
O médico pneumologista Sebastião Costa, especialista em doenças ligadas ao tabagismo, associa o alto índice de letalidade à dificuldade de se diagnosticar cedo o câncer de pulmão. “É uma doença silenciosa, que avança sem que o doente note que ela está ali”, explica o médico. O paciente só nota que está com câncer de pulmão quando se espalhou para outros órgãos. “O pulmão tem muitas veias e está ligado a todo o corpo, o que facilita a metástase”, contou. Segundo Costa, os órgãos mais afetados por este processo são o cérebro e o fígado.
Para o médico, a maior dificuldade, após o diagnóstico, é a convivência com a morte quase certa. “Infelizmente o objetivo do tratamento médico para o paciente passa a ser a melhoria da qualidade de vida do paciente no período em que ele vai passar com a doença. Temos todo um trabalho psicológico com a família e o doente buscando diminuir ao máximo o sofrimento”, explica.
Costa lembra que o alto número de casos é proporcional ao número de fumantes. Ele explica que nove em cada dez pessoas que contraem câncer no pulmão são adeptos do tabagismo. Segundo pesquisa do IBGE, a Paraíba é o terceiro Estado onde mais se fuma no Brasil, com uma em cada cinco pessoas com mais de 15 anos fumando. “É o Estado com maior índice de fumantes na região Nordeste, com 20,2% da população tendo este hábito”, informou o médico, que explicou que a Paraíba está muito acima da média nacional que é de 17,2% de fumantes na população.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de novos casos da doença esperados no ano passado era de 220 para a Paraíba. “Isso acontece porque não sentimos uma diminuição no número de fumantes no Estado. Apesar de todas as campanhas, os números continuam crescendo, explicou.
Apesar do alto número de fumantes, proporcionalmente à quantidade de óbitos por câncer de pulmão na Paraíba em 2011 foi abaixo da média mensal do ano passado. Enquanto em 2010 a média ficou acima das 20 mortes por mês, neste ano, até 17 de fevereiro, foram registradas apenas 15 mortes.
Segundo o médico, a única forma de atuar no combate à doença é na prevenção ao tabagismo. “Estamos montando uma estratégia de combate ao tabagismo na Paraíba. Na cidade de João Pessoa, contamos com programas de controle com atuação preventiva e queremos espalhar estes programas para todo o Estado”, contou.
Uma destas ações é o Dia Estadual de Combate ao Tabagismo, que acontece hoje. “Em João Pessoa, no Ponto de Cem Réis, no centro da cidade, estaremos dando informações sobre as doenças causadas pelo cigarro. A Unimed, em sua sede, no bairro da Torre, próximo da praça São Gonçalo, estará fazendo avaliação respiratória dos pacientes. Queremos abrir os olhos da população para os problemas gerados pelo cigarro”, contou.
Na próxima segunda-feira, uma reunião estratégica acontecerá na Associação dos Médicos da Paraíba. “Contaremos com a presença da Secretaria de Saúde do Estado, do município e os planos de sáude para desenvolvermos novas estratégias para atingir o público. Precisamos de programações conjuntas”.
Além disso, os Postos de Saúde de Jaguaribe, Mandacaru, Mangabeira e Cristo se preparam para oferecer atendimento especializado. “Estes postos da rede pública oferecem informação e atendimento específicos para aqueles que querem se livrar do vício de fumar”, conta o médico.
  • Fila de espera para tratamento antitabagismo
    Em Campina Grande, a mobilização de combate ao tabagismo só deve acontecer no dia 29 de agosto, quando é comemorado internacionalmente o Dia Mundial de Combate ao Fumo.
    Segundo o coordenador da Gerência de Vigilância Sanitária (Gevisa) na cidade, Jorge Molina, no momento o aumento do número de grupos para atender as pessoas que pretendem largar o vício e as ações constantes de fiscalização do contrabando de cigarro e do cumprimento da lei que proíbe o fumo em ambientes fechados fazem parte das ações que têm ajudado na luta contra o tabaco no município.
    A coordenadora do Programa Antitabagismo, Maria Gentil Montenegro, diz que atualmente uma média de 12% da população campinense é fumante e que é crescente o interesse de pessoas de todas as faixa etárias de  largar o tabaco.
    “Atualmente cerca de 200 pessoas esperam ser incluídas nos grupos de tratamento contra o vício, por isso nossa intenção é continuar investindo na formação de novos grupos”, disse.
    Gentil cita que no ano passado foram implantados dois núcleos de tratamento antitabagismo no centro de saúde do bairro Catolé e na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do  Jeremias. Cada um deles funciona com uma média de 15 a 20 pessoas.
     Outros grupos funcionam no Centro de Saúde Francisco Pinto,  na UBSF do bairro Ramadinha e no Centro de Saúde da Palmeira.
    “Este ano nossa meta é implantar mais três. Não decidimos onde, mas a intenção é implantá-los nas UBSFs que fiquem mais próximas das casas dos participantes, para facilitar a participação deles. É preciso toda uma articulação para criamos mais grupos, pois todos eles precisam da integração entre vários profissionais, como médicos, psicólogos, enfermeiros”, informou.
    Ela informou que os interessados em participar do tratamento antitabagismo, feito através de terapias e de medicamentos, devem se inscrever na Coordenação do  Programa Antitabagismo, que funciona no Centro de Saúde Francismo Pinto.
    O primeiro mês de tratamento é realizado uma vez por semana e depois os encontros passam a ser quinzenais.
    Segundo as estatísticas do programa, de 2007 para 2009, 213 pessoas participaram dos grupos de fumantes. Desses, 143 deixaram de fumar e 70 acabaram abandonando o tratamento. Os dados do ano passado ainda estão sendo calculados. (Alberto Simplício)

6 de março de 2011

DROGAS: O QUE PODEMOS FAZER PARA AMENIZAR AS CONSEQUÊNCIAS DESTA QUESTÃO SOCIAL?


A dependência química é um sério problema social que vem pedindo respostas a todos os que integram a sociedade, pois não faz distinção de credo, etnia, cor, posição política e/ou status social.
O fenômeno do uso e dependência de drogas está a cada dia se tornando uma questão social de difícil controle e um dos agentes causadores da violência urbana tão presente na atualidade. O dependente está deixando uma posição isolada (de usuário), passando a ser percebido como um gerador em potencial de riscos para a sua vida e para a vida de todos os que estão a sua volta em casa, nas ruas e no seu ambiente de trabalho.
O consumo e/ou abuso de drogas apresenta-se como um grande desafio para as famílias, os governos, as empresas e a sociedade de um modo geral. Precisamos, encontrar meios que minimizem este mal, tendo em vista que resolver o problema no sentido de eliminar as drogas da face da terra é algo que não irá acontecer; o que temos que fazer é buscar estratégias que possibilitem tratar esta problemática de forma a sair dessa situação sem grandes perdas. Compreender esse fenômeno, tal qual se configura hoje, requer um exercício de análise e de reflexão, sem moralismos e preconceitos, mas, sobretudo, com boa vontade e sentimento de empatia.
Acreditamos que a prevenção ainda é a melhor solução, pois além de custar menos (ao Governo, instituições e famílias) que os tratamentos de desintoxicação para dependentes químicos, não esperam o mal estar posto, mas se antecipa a ele, gerando muito mais benefícios e reduzindo os números de novos usuários e dependentes.   

Adenize de Oliveira Chagas – Assistente Social e Coordenadora de Projetos da ONG PROAMEV.