Lí hoje no Jornal da Paraíba a coluna de Marcos Tavares e quis compartilhar com vocês o que ele escreveu... acho que precisamos ler, pensar, refletir sobre as coisas e, principalmente, se inquietar para, quem sabe, sair do estado de preguiça e acomodação física, intelectual etc. etc. e tal...
OS MORTOS DAS DROGAS
Marcos Tavares
Está se criando uma espécie de pacto silencioso entre a sociedade e a polícia para encarar as mortes provocadas pelas drogas como algo que está fora do alcance e da responsabilidade da Lei. Vemos e ouvimos frequentemente delegados e repórteres policiais afirmando que esse ou aquele morto pela violência era um usuário de droga. Isso parece ser uma senha para que o caso seja encerrado e deixe de interessar às autoridades, mesmo aquelas que tem como trabalho e dever elucidar crimes de morte, sejam eles de qualquer tipo.Convencionou-se que usa drogas tem de terminar numa vila da periferia crivado de balas e então se abriu para o tráfico a porta da violência. Eles sabem que podem matar, pois não serão perturbados por investigações rigorosas que acabem por levar aos autores dessas inúmeras chacinas que vemos todos os dias. O fato de um cidadão ser usuário de drogas não faz dele um cidadão menor perante a Lei nem o Estado e, em caso de violência praticada contra ele, deve-se acionar os mesmos mecanismos que são acionados em crimes cercados de outras circunstâncias.
Ao abrir mão da investigação e do inquérito se dá aos traficantes o direito de julgar e matar quem eles achem que está incomodando sua atividade e isso é muito perigoso, especialmente quando setores da mídia começam a incentivar esse comportamento e incitar o assassinato de quem está fora da lei. A rigor não temos pena de morte nem mesmo ordenada pelo Estado e assim não podemos admitir que grupos à margem da sociedade criem suas próprias normas.
Assassinato é crime, seja ele por conta de droga, ciúme, dinheiro ou outra qualquer causa. Deixar os assassinatos praticados pelos traficantes impunes é ser conivente com esse tipo de comportamento, o que fere a lei, abala a cidadania e fere qualquer princípio de decência.
Fonte: http://jornaldaparaiba.globo.com/coluna.php?id=9657 Ao abrir mão da investigação e do inquérito se dá aos traficantes o direito de julgar e matar quem eles achem que está incomodando sua atividade e isso é muito perigoso, especialmente quando setores da mídia começam a incentivar esse comportamento e incitar o assassinato de quem está fora da lei. A rigor não temos pena de morte nem mesmo ordenada pelo Estado e assim não podemos admitir que grupos à margem da sociedade criem suas próprias normas.
Assassinato é crime, seja ele por conta de droga, ciúme, dinheiro ou outra qualquer causa. Deixar os assassinatos praticados pelos traficantes impunes é ser conivente com esse tipo de comportamento, o que fere a lei, abala a cidadania e fere qualquer princípio de decência.
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